Sexta-feira, 10 de Julho de 2009
O artigo da Monocle “Where to live and work”, já referido neste blog, dá um aviso importante à “navegação” da cidade. Estamos a ficar desinteressantes.
Lisboa desceu de lugar e ocupa o 25º e último dessa lista liderada, e bem, por Zurique.
Numa outra página da Monocle, Jean-Claude Biver, CEO da Hublot, fala dos aspectos que considera relevantes, numa cidade, para se poder viver e trabalhar nela. E diz: “Há uma relação directa entre a qualidade de vida e a qualidade do trabalho”.
Afirma também que Zurique é um bom exemplo – “tem um aeroporto a 10 minutos do centro da cidade, uma posição no centro da Europa, a dimensão da cidade ainda é muito humana, é muito pequena e com uma excelente qualidade do ar”.
E o que estamos nós a preparar para Lisboa?
Um aeroporto distante do centro da cidade? Um trânsito caótico, com maior poluição do ar e carros mal estacionados por todos os lados? Uma pressão urbanística insustentável, com um amontoado de edifícios novos em vez da recuperação dos imóveis que já existem? O aumento da insegurança? A falta de espaços verdes?
São estas as questões a que todos temos de responder. E convêm não esquecer que “eles”, os culpados, somos na realidade nós.