Há dias, antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Vancouver, Canadá, escrevemos aqui que a organização estava altamente empenhada na sustentabilidade ambiental do evento.
O ambiente terá sido mesmo considerado o "terceiro vértice" Vancouver 2010 tendo, aliás, sido pensado numa fase muito inicial da preparação do evento, segundo Linda Coady, do comité organizador – estas declarações, porém, foram objecto de várias críticas. Que podem ser lidas também neste post.
Voltamos a Vancouver porque a próxima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, que se realizará em 2014 em Sochi, na Rússia, está a ser criticada pela ausência de práticas ambientais.
Segundo a Fast Company, quando ainda faltam quatro anos para o evento o comité organizador de Sochi 2014 já conseguiu “contaminar a água, destruir os habitats de ursos e pássaros e deitar abaixo milhares de árvores em risco de extinção”.
Ainda de acordo com a revista, esta total falta de sensibilidade para uma questão tão… sensível, terá levado organizações como a World Wildlife Fund e a Greenpeace Rússia a suspender as relações com o comité organizador de Sochi 2014.
A questão não passa apenas pelas autoridades e organizadores russos. A Fast Company diz que Sochi não tem de prestar contas ambientais, e aí são organizações como o Comité Olímpico Internacional (COI) ou a própria Organização das Nações Unidas que devem intervir.
Até porque as cidades que concorreram aos Jogos Olímpicos de 2016 – um evento que se vai realizar no Rio de Janeiro – tiveram de provar as suas ambições ambientais e elaborar um plano sustentável para o evento.
Infelizmente, o exemplo de Sochi apenas prova o que dissemos aqui nos dois últimos posts. A intransigência política revelada pela Cimeira de Copenhaga está a atrasar e a pôr na prateleira a necessidade de termos, a toda a linha e de forma obrigatória, boas estratégias de sustentabilidade ambiental . É que, aparentemente, ainda nem todos percebemos a mensagem.