O novo plano estratégico da Empresa Pública de Estacionamento de Lisboa (EMEL), que foi apresentado no início da semana, prevê o aumento dos tarifários de estacionamento no centro da cidade – e baixá-los para as periferias.
Esta medida – a par da criação de sistemas de pagamento alternativos – foi pensada depois da EMEL ter recebido um estudo da TRENMO, empresa consultora de transportes e território, que revelou que Lisboa era a única cidade com um tarifário igual em qualquer zona, e a cidade europeia que tem a tarifas mais caras da periferia – tendo em conta o poder de compra da população.
Segundo o Jornal de Notícias, o estudo da TRENMO propõe um sistema de coroas no estacionamento. A primeira abrange a Baixa pombalina, o Chiado e a Avenida da Liberdade. Aqui, os preços seriam substancialmente aumentados, de modo a que quem precise de se deslocar até estes sítios utilize meios mais sustentáveis.
A segunda coroa abrange o eixo central à volta desta primeira zona e a terceira corresponde a dois terços da restante periferia. Esta última coroa verá os preços de estacionamento reduzidos.
Este é um tema que temos vindo a debater aqui várias vezes. O objectivo da EMEL é conseguir que quem mora na periferia deixe lá o carro antes de entrar em Lisboa – algo que já existe em cidades como Coimbra, com o sistema Ecovia, por exemplo.
No LXSustentável acreditamos que iniciativas destas só podem melhorar a cidade de Lisboa, estimulando a utilização de transportes públicos, retirando carros do centro sem alterar a mobilidade das pessoas. Qual sua opinião sobre este tema? Faz bem a EMEL em ponderar estas propostas?